Projeto “Desenvolvimento de uma base de dados de pacientes com diabetes tipo 1 em estágio 1 e 2 no Brasil”
Participantes: Melanie Rodacki (Coordenadora), Levimar Araujo (Coordenador do Departamento de Diabetes Tipo 1 no Adulto), Laerte Damaceno, Carlos Eduardo Calliari, Denise Franco, Joana Dantas Vezzani, Lenita Zajdenverg, Mauro Scharf, Monica Gabbay, Nelson Rassi, Rodrigo Lamounier, Sergio Dib, Karla Melo Fagundes, Fernando Giuffrida, Wellington Santana Jr, Luciana Schreiner, Carolina Bulcão, Talita Trevisan, Marilia de Brito Gomes, Carla Rachel, Sergio Atala Dib, Natália Fenner Pena, Bianca de Almeida Pititto (Revisora).
O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica autoimune em que há destruição de células pancreáticas produtoras de insulina. Com isso, há aumento da glicose e necessidade de terapia com insulina.
Antes do aumento da glicose e da necessidade do uso de insulina, há uma fase pré-clínica. Nesta fase, o ataque autoimune ao pâncreas já começou, mas ainda não está acentuado. Pessoas com diabetes tipo 1 pré-clínico apresentam anticorpos positivos no exame de sangue, com medida de glicose e/ou hemoglobina glicada normais ou levemente alteradas, sem preencher os critérios diagnósticos de diabetes mellitus. Novos tratamentos com drogas capazes de atuar no sistema imunológico estão sendo desenvolvidos para uso neste período, visando evitar o aumento de glicose e a necessidade de uso de insulina.
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) está realizando um CADASTRO para identificar quantas pessoas estão nessa situação no Brasil, com ou sem história familiar de diabetes. A SBD NÃO realizará testes laboratoriais ou rastreamento de qualquer forma para diabetes mellitus, apenas REGISTRARÁ pessoas que já fizeram esses testes, por conta própria ou em projetos de pesquisa, e apresentaram resultados alterados. Com este levantamento, poderemos criar estratégias de acesso a novos medicamentos imunobiológicos com eficácia e segurança comprovadas e oferecer participação em projetos de pesquisa. Esses dados também serão úteis para desenvolvermos políticas públicas futuras de rastreamento de DM1 na população brasileira.
O diabetes mellitus tipo 1 é uma doença crônica autoimune em que há destruição de células pancreáticas produtoras de insulina, o que leva a necessidade de uso de insulina. Atualmente sabemos que essa doença tem 3 fases: 1) estágio 1: fase pré-clínica com dois ou mais autoanticorpos detectados no sangue; 2) estágio 2, também pré-clínica, com dois ou mais autoanticorpos e alterações leves de glicose e 3) estágio 3, com critérios clínicos para o diagnóstico de diabetes mellitus, quando geralmente passa a ser necessário o uso de insulina.
Intervenções para cura e prevenção do DM 1 têm sido testadas em diferentes estágios e os resultados mais promissores têm sido encontrado nas fases pré-clínicas, período em que a doença já começou mas a destruição do pâncreas ainda não está acentuada. Por esse motivo, a Sociedade Brasileira de Diabetes está realizando um levantamento buscando identificar pessoas de todas as idades com este perfil, tanto familiares de pessoas com DM1 quanto da população geral. Cabe ressaltar que a Sociedade Brasileira de Diabetes não realizará testes laboratoriais ou rastreamento de qualquer forma para diabetes mellitus, apenas registrará pessoas que já fizeram esses testes por conta própria ou em projetos de pesquisa em um banco de dados.
Com este levantamento, poderemos criar estratégias de acesso a novos medicamentos imunobiológicos com eficácia e segurança comprovadas, oferecer participação em projetos de pesquisa, visando entender fatores de risco associados à progressão da doença ou testar novos medicamentos com potencial de mudar a história natural da doença. Além disso este levantamento poderá auxiliar a Sociedade Brasileira de Diabetes a desenvolver estratégias de rastreamento de DM1 com custo benefício adequado à população brasileira. Estas estratégias vêm sendo desenvolvidas em diversos países, como parte de medidas visando evitar o aparecimento de DM1 em estágio 3.
Dessa forma, o objetivo deste projeto é criar um banco de dados para identificação de indivíduos com DM1 estágio 1 e estágio 2 já diagnosticados no Brasil, através de exames realizados de forma privada ou em protocolos de pesquisa. Este projeto pressupõe a criação de um banco de dados de pessoas com DM 1 em estágio 1 e estágio 2 no Brasil. Não está previsto nenhum gasto para a Sociedade Brasileira de Diabetes, nem a realização de testes laboratoriais para rastreamento. O cadastro será oferecido no site da SBD para pessoas leigas QUE JÁ TENHAM REALIZADO DOSAGEM DE AUTOANTICORPOS POR CONTA PRÓPRIA, POR MOTIVOS DIVERSOS, OU EM PROTOCOLO DE PESQUISA PRÉVIO, com ou sem história familiar da doença. Apenas pessoas com ANTICORPOS POSITIVOS poderão ser cadastradas. Caso um paciente ou um de seus familiares deseje realizar o cadastro, ele irá preencher um formulário online (Google Forms) com dados clínicos e informações pessoais. Este banco de dados ficará sob responsabilidade da SBD. Caso haja estudos clínicos de intervenção incluindo voluntários com as características de pessoas incluídas no banco de dados, estes indivíduos poderão ser convidados a participar destes estudos, caso desejem. Os dados serão analisados pelo Departamento de DM 1 da Sociedade Brasileira de Diabetes, constituído de voluntários. O projeto será divulgado no site da SBD e redes sociais para leigos e profissionais de saúde.
Este projeto não recebe financiamento de nenhum laboratório farmacêutico ou instituição governamental.