Sociedade Brasileira de Diabetes lança, no próximo dia 30, o Programa Oftalmologista Amigo do Jovem com Diabetes, que vai prestar atendimento gratuito a crianças, adolescentes e adultos jovens (até 24 anos de idade) de baixa renda, portadores de diabetes. O objetivo da ação é aumentar o acesso ao diagnóstico precoce de RD (Retinopatia Diabética). O diabetes tipo 1 causa algum grau dessa doença na maioria dos pacientes após dez anos. Isso não significa, no entanto, que a pessoa que tem diabetes vá necessariamente desenvolver uma retinopatia: o controle da DM (Diabetes Mellitus), quando bem-feito, resulta em uma queda significativa do risco. Tal controle tem aumentado – o que eleva as expectativas de que cada vez menos pessoas venham a sofrer com a retinopatia. Mas é preciso ampliar a conscientização acerca desse problema. Atualmente, cerca de metade das pessoas com DM nunca ouviu falar RD – e no SUS (Sistema Único de Saúde) essa proporção sobe para 63%; aproximadamente 6 milhões de brasileiros a têm em algum grau. Sem diagnóstico e tratamento precoces, o quadro pode se agravar e chegar a perda visual irreversível. Entre as entidades parceiras no projeto estão: ADILA (Associação de Diabetes do Rio de Janeiro); CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia); SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia); e SBRV (Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo). Além disso, artistas, personalidades públicas e atletas apoiam o projeto. O projeto já teve uma edição na cidade do Rio de Janeiro (entre 2011 e 2015): foram feitos mais de mil atendimentos para cerca de 600 pacientes. Também se busca estender a ação para todo o Brasil. Para participar, os oftalmologistas interessados devem oferecer em seus consultórios duas consultas gratuitas por mês aos pacientes para rastreamento de retinopatia. Os pacientes serão encaminhados por médicos da SBD e por associações, que realizarão ações educativas sobre os cuidados necessários para o tratamento adequado. Já os pacientes podem se cadastrar (com uma senha, que pode ser retirada junto à ADILA) ou podem ser cadastrados por uma associação ou unidade de saúde na plataforma do projeto. A plataforma gera um cupom para consulta com um oftalmologista e encaminha o paciente – que, assim, entra em contato com o consultório para agendar.