A primeira é a CONITEC/SECTICS Nº 62/2024, que trata do uso de insulinas análogas de ação rápida para tratamento do diabetes mellitus tipo 2. A solicitação de incorporação de análogos de insulina de ação rápida (AIAR) para pacientes com DM2, pelo DAF/SECTICS/MS, é por causa das dificuldades encontradas para a aquisição das insulinas humanas NPH e regular. Estas insulinas são representantes das classes de insulina basal e bolus, respectivamente, recomendadas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de Diabetes Mellitus Tipo 2 (PCDT de DM2) (1). Esta solicitação de incorporação tem como objetivo reduzir o risco de desabastecimento da insulina bolus para pessoas com DM2, usuárias do SUS.
A recomendação das entidades é que a utilização seja feita de forma menos agressiva para evitar dificuldades, como o aumento da demanda de consultas com profissionais de saúde para ajuste de dose e orientação sobre o uso da nova tecnologia disponível.
Outras sugestões são realizar novos cálculos de impacto orçamentário, com dados brasileiros sobre o número de usuários de insulina bolus, e eleger populações a serem beneficiadas, inicialmente, com o uso dos AIAR até que 100% das pessoas com DM2 estejam em uso de AIAR.
Assim, a entidade sugere as prioridades abaixo:
a. Pacientes com pior controle da glicemia pós-prandial
b. Pacientes com grande variabilidade glicêmica
c. Pacientes com hipoglicemias noturnas e graves
d. Pacientes com IMC < 30 kg/m2
e. Pacientes mais idosos e com mais tempo de diagnóstico
f. Mulheres com DM2 gestantes (asparte risco A)
g. Pacientes com redução das funções renal e hepática
h. Pacientes que não conseguem antecipar a administração da IHR
Já com relação à CONITEC/SECTICS Nº 63/2024, que prevê a incorporação de análogos de insulina de ação prolongada (AIAP) para pacientes com DM2, pelo DAF/SECTICS/MS, devido às dificuldades encontradas para a aquisição das insulinas humanas NPH e regular, a SBD avaliou vários estudos e sugere a realização de novos cálculos quanto à população a fazer uso do AIAP e eleger populações a serem beneficiadas, prioritariamente, com o uso dos AIAP (glargina e degludeca). Abaixo as sugestões de prioridades:
a. Pacientes com hipoglicemias noturnas e graves i. Disponibilizar a insulina degludeca para aqueles que apresentam hipoglicemias graves ou noturnas, durante o uso de AIAR e glargina
b. Pacientes com IMC < 30 kg/m2
c. Pacientes mais idosos e com mais tempo de diagnóstico
d. Pacientes com grande variabilidade glicêmica
e. Pacientes com redução das funções renal e hepática
f. Mulheres com DM2 gestantes
g. Pacientes com dificuldades para administração de múltiplas doses diárias de insulina basal
As entidades parceiras que participam dessas sugestões são as seguintes: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Federação Internacional de Diabetes (IDF), Câmara Técnica de Diabetes do Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM/PB), Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE) do Rio de Janeiro, Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD), Federação Nacional de Associações e Entidades (FENAD), ADJ – Diabetes Brasil (ADJ) e Instituto Diabetes Brasil (IDB).