Matéria jornalística foi elaborada com a colaboração da Dra. Rosane Kupfer, membro do Depto de Doenças Oculares da SBD
No último dia 15, o portal BBC Brasil veiculou detalhada reportagem sobre o impacto do diabetes mellitus (DM) descontrolado no surgimento de disfunções sexuais e da visão. Com importante colaboração da endocrinologista Dra. Rosane Kupfer, membro do departamento de doenças oculares da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), e outros especialistas, o texto discorre sobre os diferentes tipos de diabetes, como a doença age sobre o sistema nervoso e vascular gerando complicações sexuais e oftalmológicas e, por fim, aponta as principais linhas de tratamento para esses casos.
Produzida pela jornalista Cristiane Martins, a reportagem descreve que as disfunções sexuais, ligadas ao diabetes, afetam mais da metade dos homens e, pelo menos, 36% das mulheres com a doença. Na parcela masculina, manifesta-se pela dificuldade de ter ou manter uma ereção suficiente para atividade sexual satisfatória. Quando associadas à DM, as causas podem estar ligadas à diminuição do fluxo sanguíneo no pênis ou ainda por prejuízos em terminações nervosas ligadas ao desejo sexual.
Embora menos discutido, o diabetes também pode impactar a vida sexual das mulheres.
“Se você perguntar para o paciente com diabetes qual é o seu maior temor, a maioria vai dizer ‘eu não quero ficar cego'”, explica Dra. Rosane Kupfer, na reportagem da BBC Brasil
A cegueira, decorrente do diabetes, pode ter origem no acometimento de pequenos vasos que podem obliterar sua luz causando pequenas isquemias ou então por mecanismos inflamatórios levando ao edema macular. Para acompanhamento da saúde ocular, recomenda-se a realização de consultas oftalmológicas com exames de fundo de olho com a periodicidade a critério dos oftalmologistas, baseado nos achados da sua avaliação.
Segundo as mais recentes estimativas da International Diabetes Federation, atualmente 16,8 milhões de brasileiros apresentam quadro de diabetes. A prevenção das complicações passa necessariamente por um melhor controle glicêmico, com adoção de uma rotina de cuidados alimentares e prática regular de atividades físicas.
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