A pandemia do novo coronavírus chamou a atenção de todo o mundo para os temas relacionados à saúde mental e deixou clara a necessidade de conhecermos, debatermos, refletirmos, planejarmos e efetivarmos ações voltadas para o combate do adoecimento emocional.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) relatam que o Brasil é ainda o país com maior prevalência de ansiedade no mundo (9,3%) e o segundo país das Américas com maior número de pessoas depressivas (equivalente a 5,8% da população) (1).
Aproveitando o espírito de renovação e de “página em branco” que todo início de ano traz, no qual novas metas e novos objetivos são estabelecidos, um grupo de psicólogos de Minas Gerais criou em 2014 a campanha Janeiro Branco, que propõe que ações em prol do bem-estar emocional também sejam consideradas. Em sua oitava edição, tendo como lema “Todo Cuidado Conta”, o foco está na promoção de um pacto pela saúde mental em meio à pandemia da covid-19.
As recomendações são para que, na presença de sofrimento emocional intenso, busque um profissional de saúde especializado. É primordial reconhecer e dar acolhimento aos receios e medos, procurando outras pessoas de confiança para conversar. A manutenção ativa da rede socioafetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas também é importante. Além disso, recomenda-se ficar atento a suas necessidades básicas, realizando a monitoração glicêmica frequente, evitando picos de glicemia; evitar o uso do cigarro, álcool ou outras drogas para lidar com as emoções; e, investir em exercícios e em ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo (2).
Referências
- Pan American Health Organization. Atlas of Mental Health of the Americas 2017. Washington, D.C.: PAHO; 2018.
- WHO. Mental health and psychosocial considerations during COVID-19 outbreak. March, 2020.