Nota de esclarecimento da Sociedade Brasileira de Diabetes sobre o coronavírus

Com o objetivo de orientar e disseminar informações relevantes das autoridades de saúde a respeito do coronavírus (COVID-19) e contrapondo-se a mensagens com conteúdo alarmista veiculadas em alguns órgãos, a Sociedade Brasileira de Diabetes, em consonância com as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, vem por meio desta nota disponibilizar informações e orientações para os cuidados de prevenção da propagação da doença.

Com o objetivo de orientar e disseminar informações relevantes das autoridades de saúde a respeito do coronavírus (COVID-19) e contrapondo-se a mensagens com conteúdo alarmista veiculadas em alguns órgãos, a Sociedade Brasileira de Diabetes, em consonância com as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, vem por meio desta nota disponibilizar informações e orientações para os cuidados de prevenção da propagação da doença.

Cientes de que pessoas com diabetes, assim como pacientes cardiopatas, com doenças cardiorrespiratórias pré-existentes e idosos, compõem segmento de risco para complicações com a infecção, orientamos que a transmissão do coronavírus se dá por contato próximo de pessoa para pessoa. O coronavírus se espalha com uma taxa alta de transmissibilidade. A transmissão costuma ocorrer pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas, como:

  • Gotículas de saliva;
  • Espirro;
  • Tosse;
  • Catarro;
  • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
  • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Os sintomas são semelhantes aos de uma gripe. Pode também causar pneumonia e os principais indícios de gravidade são:

  • Febre;
  • Tosse;
  • Dificuldade para respirar.

O diagnóstico é feito com a coleta de material da via respiratória. Não existe tratamento específico para infecções causadas por coronavírus humano, sendo recomendações importantes o repouso e o consumo de bastante água. Medicação sintomática, sob prescrição médica, pode ser utilizada.

Entre as medidas preventivas estão:

  • Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas ou que apresentem sintomas da doença;
  • Realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool;
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
  • Manter os ambientes bem ventilados;
  • Limpar e higienizar objetos e superfícies tocados com frequência;
  • Manter controle glicêmico adequado, medicamentos e insulinas regularmente;
  • Manter-se sempre hidratado;
  • Manter sono com qualidade, assim como a alimentação;
  • Evitar aglomerações e viagens para locais com casos registrados de doentes.

Vale ressaltar que a condição é relativamente leve em jovens, especialmente em crianças e que a maioria das pessoas contaminadas são assintomáticas ou têm sintomas leves. Por outro lado, as pessoas com diabetes vulneráveis e que provavelmente terão resultados piores se contraírem COVID-19 são aquelas com longa história de diabetes, mau controle metabólico, presença de complicações e doenças concomitantes e especialmente os idosos (>60 anos), independente do tipo de diabetes. O risco de complicações na pessoa com diabetes bem controlado é menor, tanto para o diabetes tipo 1 quanto para o tipo 2. A SBD não recomenda a compra para estoque de insumos para diabetes tais como insulinas, canetas, cateteres ou cânulas de bomba pelo receio de falta de materiais justificado por alguns pacientes. Também não recomenda qualquer tratamento para “aumentar a imunidade”. A SBD estará disponível para esclarecer qualquer dúvida através do seu site e vigilante a atualizar os informes para as pessoas com diabetes, caso seja necessário. Seguir o conselho simples de higiene respiratória e das mãos ajudará a todos a manter sua saúde. Quaisquer sintomas suspeitos devem ser avaliados pela equipe médica.

Como o controle glicêmico é a chave para o sucesso, monitorar frequentemente sua glicemia e ajustar medicações em geral ou insulinas – sempre com orientação médica – são procedimentos que podem prevenir complicações não apenas desta nova virose como também do próprio diabetes.

Fontes:

  • *Ministério da Saúde
  • *IDF
  • *ADA
  • *SBD

______________________________
Diretoria SBD gestão 2020-2021